Os dois corriam como loucos.
Um com a escopeta na mão e a pistola sobre o cinto, carregando a sacola.
Os dois estavam ensanguentados de sangue.
Corriam pelos becos mal iluminados e mal cheirosos.
Uma sombra pulava de telhado em telhado seguindo eles.
De repente os trovões começaram.
Bum...bum...
O som do terror vinha do horizonte.
As nuvens cinzas carregadas vieram e as gotas caíram.
Eles por sorte entraram num depósito.
Tudo ali era de ferro, velho e enferrujado:
- Dizem que não se pode ouvir ele. Dizem... que ele vê o que nenhum mais
vê. Dizem...
Disse o com a pistola:
- Dizem muita coisa a respeito. O Batman é isso, o Batman é aquilo. Mas
o Batman não tem uma arma.
Disse o segundo com a escopeta pronta:
- E-eu não tenho tanta certeza disso cara!
Disse o primeiro:
- Se concentra! Toma. Pra não chorar depois.
Disse o segundo dando uma lanterna pro parceiro.
Ele ligou e viu o Batman correndo. Só a capa e o reflexo negro de um
corpo atlético em movimento. Um borrão.
O de escopeta atirou, o segundo logo depois.
Um tiro da escopeta jogado fora e um cartucho da outra inteira jogado
fora:
- Acho que acertei!
Disse o segundo:
- Não tem sangue! Os boatos são verdade!
Disse suando frio o segundo:
- Vamos. É por aqui!
Disse o segundo.
Os dois foram até mais ou menos o centro do depósito.
Passaram por debaixo de uma claraboia.
Um trovão veio ao céu e a luz iluminou.
Nada.
O segundo trovão veio e a forma de um homem grande com orelhas pontudas
veio.
Os dois olharam, mas o trovão já havia passado.
Um terceiro veio e naquela hora, com as armas apontadas, nada:
- Vamos, precisamos ir...
- A lugar algum!
Disse uma voz interrompendo o segundo.
O homem de orelhas pontudas explodiu o vidro de tanta força e caiu no
chão.
O ladrão com a lanterna se assustou e deixou a lanterna cair no chão:
- MERDA! ATIRA!
Gritou o segundo.
Eles atiraram.
Os disparos causavam um flash que por um segundo iluminava.
Eles podiam ver fotografias do Batman se movimentando e desviando, indo
na direção deles.
O Batman jogou um triplo de mini bolinhas dentro do cano da escopeta, e,
quando o tiro foi disparado, o cano explodiu, queimando as mão do homem que
gritou com a pele das mãos derretendo.
Os olhos esbugalharam, dilatados e sem cor.
Depois, o primeiro que estava com a lanterna ficou perplexo e mirou a
arma na cabeça.
O Batman arregalou os olhos mas não houve tempo.
O bandido ainda vivo levou uma imobilização mas sobreviveu.
O Cavaleiro das Trevas pegou o celular do bandido e ligou 9-1-1:
- Se não falar, te mato. Se falar algo errado, te mato, e se não disser
tudo, te mato.
Disse o Batman colocando o celular no ouvido do bandido:
- D.P.G.C (Deparamento de Policia de Gotham City).
Disse o homem do outro lado da linha:
- Aqui é John Smith. Quero relatar um crime...
Disse ele.
O quarto trovão veio aos céus e o Batman evaporou do nada:
- Senhor?
Perguntou o policial.
Edifício Gods in Love, o mais alto da cidade...
O Batman olhava para a cidade. O amanhecer de Gotham.
Ele sabia que aquilo tudo só estava começando e que aquilo não iria
parar.
Então ele saltou do prédio e abriu suas asas.
Fim...